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Premissas
Primeira pergunta a ser analisada no planejamento da rede, define o potencial de assinantes imediatos para a rede FTTH. A resposta irá determinar os quantitativos de materiais e custos envolvidos na implantação do projeto. Para este cálculo, o aplicativo considera uma séria complexa de fatores, considerando valores médios de, por exemplo, padrão social, uniformidade da ocupação, grau de competição na região e quantidade de terrenos vazios.
É importante prever as necessidades futuras para a rede: expansão da demanda, da velocidade dos serviços e até mesmo expansão para novas áreas, etc. O FTTH PON é a opção mais 'à prova de Futuro' dentre as tecnologias para Redes de Acesso, por isso é interessante deixar prevista uma capacidade extra para a rede. O aplicativo irá considerar esta premissa como base para a reserva de fibras ópticas nos trechos principais da rede.
Toda rede deve ser orientada ao cliente, por isso um bom plano de negócios deve avaliar qual o potencial de consumo de serviços para a região, indo desde os mais básicos como dados aos mais complexos como Triple Play. Nesta premissa definimos os tipos de serviços que se espera oferecer aos assinantes. Eles irão definir os tipos de ONTs (modens da rede óptica) serão utilizadas na lista de materiais do projeto.
As tecnologias G-PON e EPON compartilham muitas características importantes, tais como as topologias de projeto e os próprios elementos (cabos, fibras, splitters) que compõem as redes FTTH. Contudo, os protocolos de comunicação diferentes e independentes. Os próprios modelos de equipamentos podem ter características básicas e ‘features’ distintas, às vezes mais importantes para algumas situações do que para outras.
A quantidade total de fibras ópticas necessárias à rede primária será calculada com base na de demanda estimada, ou seja, potencial atual de clientes. Esta quantidade de fibras pode ser dividida em vários cabos 'alimentadores'. Um número maior de cabos de saída significará uma formação (quantidade de fibras do cabo) menor para cada alimentador, ao passo que menos saídas resultará em cabos com maior contagem de fibras.
A Razão de Divisão de um projeto FTTH PON define o valor máximo de compartilhamento a que uma porta do equipamento concentrador OLT será submetida. Usualmente se consideram valores padrões no total de 1:32, 1:64 ou 1:128, sendo este último fortemente depende do projeto sistêmico, ou seja, do cálculo das perdas admissíveis no sistema. No aplicativo são consideradas as razões de divisão de 1:32 e 1:64.
O aplicativo considera que o padrão de instalação da rede óptica será 100% aérea, ou seja, em infraestrutura básica de postes. O raio da área atendida define, em termos aproximados, a região atendida pela rede FTTH PON. Para efeito de planejamento preliminar será considerado que toda a demanda distribui-se uniformemente por essa região, e o raio da área servirá para definir os comprimentos de cabos 'Alimentadores' e cabos de 'Distribuição'.
O aplicativo considera que a rede FTTH utilizará o padrão de infraestrutura mais utilizado nas redes de Acesso e “Última Milha”, que é a infraestrutura de postes e rede aérea. Nesse caso, há a opção de se instalar as caixas de emenda óptica (CEO) Primárias e caixas de terminação (CTO) nos próprios postes ou em cordoalhas nos vãos entre postes, e isso definirá os acessórios de fixação adequados.
Em todos os municípios existem áreas residenciais com característica horizontal, ou seja, que tem uma predominância de casas e sobrados. E existem áreas onde a demanda residencial tem uma característica mista entre horizontal e vertical, ou seja, dividida entre casas e apartamentos em edifícios. Se o valor de FTTA, Fiber-to-the-Apartment, for maior do que zero, o aplicativo incluirá os produtos para o atendimento de apartamentos via uma rede FTTA.
O aplicativo utiliza a informação de proporção FTTH/FTTA para estimar a quantidade total de apartamentos na área de estudo. Já para definir a quantidade de edifícios é necessário definir um 'edifício-médio' ou padrão. Em uma determinada região geralmente é possível identificar um padrão predominante e esse padrão possibilitará ao aplicativo estimar uma quantidade referencial de materiais da solução FTTA.
A quantidade total de apartamentos do ‘edifício-médio’ auxiliará na definição dos splitters e cabos ópticos de prumada vertical. O valor informado de apartamentos por piso definirá a quantidade de caixas de distribuição de piso, considerando que essas caixas podem atender a apartamentos do próprio piso onde estão instaladas e também, se necessário, apartamentos nos pisos adjacentes.
Muitas empresas já estão instalando e operando com sucesso redes de acesso à Internet através das tecnologias FTTH PON (G-PON ou EPON). Mas muitas outras ainda estão dando seus primeiros passos nessa direção. Foi para auxiliar essas empresas que a Furukawa criou o aplicativo MONTE A SUA REDE, uma forma simples e rápida de se realizar um planejamento técnico e financeiro preliminar que ajudará nas fases iniciais da tomada de decisão: Será viável? Temos o capital inicial para o investimento? Como podemos planejar o projeto de acordo com as linhas de financiamento que temos disponíveis? Terei o capital de giro necessário? E quando passarei a ter retorno do meu investimento? A ferramenta parte de perguntas simples e premissas técnicas pré-inseridas, realizando então uma análise de projeto básico (preliminar e estimativo), que é a parte técnica do planejamento e que terá como produto final uma lista referencial de materiais. O orçamento dessa lista e outras variáveis importantes serão combinados na forma de um modelo de fluxo de caixa e ROI (Retorno do Investimento) do negócio, a parte financeira.